Partidos começam prospecções para eleição municipal de Porto Alegre de 2020

Nos bastidores, começam a surgir os primeiros nomes de interessados em concorrer no pleito

Foto: Cesar Lopes / PMPA / Divulgação

Ainda é cedo para que o quadro de possíveis pretendentes a comandar a Prefeitura de Porto Alegre no lugar do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) seja considerado definitivo. Mas, nos bastidores, começam a surgir os primeiros nomes de interessados em concorrer no pleito do ano que vem. E a primeira fotografia deste cenário, ao menos antes da formação de alianças, aponta para um enfrentamento inusitado nas eleições municipais da Capital: cinco mulheres disputando o pleito com outros seis ou sete homens.

As definições, no entanto, dependem de acordos internos nas siglas. Marchezan, cuja administração recém-chegou ao meio do caminho, preferiu não se manifestar sobre possível candidatura à reeleição. “É muito cedo”, limitou-se a dizer no fim de semana. Caso não queira concorrer, há possibilidade de uma aliança com o PP. Neste caso o atual vice, Gustavo Paim, seria o candidato.

A primeira questão é como atuará o campo da esquerda. No PT, volta a questão em torno de candidatura própria ou apoio à ex-candidata à Presidência Manuela D’Ávila (PCdoB). Se optar por nome do partido, Sofia Cavedon (PT), recém-eleita deputada estadual, e a deputada federal Maria do Rosário (PT) aparecem com destaque. No PSol, há os nomes da deputada federal Fernanda Melchionna e de Luciana Genro, que tem maior chance de concorrer. Pedro Ruas (PSol) deve concorrer à Câmara de Vereadores.

No PDT, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT) desponta como o principal nome. Mas a neta de Leonel Brizola teria que vencer desentendimentos internos na sigla e unir o partido em torno do seu nome, o que parece tarefa difícil hoje. Maurício Dziedricki, deputado federal do PTB, tem sido citado como possível candidato, mas há dúvidas se ainda deseja concorrer. Luís Augusto Lara (PTB), presidente da Assembleia, também é cotado, mas agora está sob fogo cerrado do Ministério Público Eleitoral e tem seu futuro incerto.

No PPS, o nome é o da deputada estadual Any Ortiz (PPS). Mas ela dará à luz nos próximos três meses e teria que fazer campanha com um nenê de colo no ano que vem. Entre as novidades no pleito está a possibilidade de disputa interna entre o tenente-coronel Luciano Zucco, deputado estadual, e Bibo Nunes, deputado federal, ambos do PSL. Os dois desejam concorrer.

O MDB é uma das maiores incógnitas da próxima eleição. Como adotou postura hesitante, ora integra a base partidária do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) na Câmara, em outro momento é oposição, não se tem certeza para onde vai. Poderá ingressar em uma aliança com o PSDB e apoiar Marchezan. Caso isso não ocorra, o nome natural para a prefeitura é o do deputado estadual e ex-vice-prefeito Sebastião Melo (MDB), que deixou marca positiva na Capital. Melo, no entanto, só fala sobre o assunto no ano que vem. Há também o nome do vereador Valter Nagelstein.