Começa fase de testes do compartilhamento de patinetes elétricos em Porto Alegre

Cadastro, pagamento e liberação dos patinetes, restritos a maiores de 18 anos, são realizados por meio do aplicativo da Grin

Custo é de R$ 3 para o desbloqueio e primeiro minuto e R$ 0,50 por minuto rodado | Foto: Mauro Schaefer/CP

Teve início neste sábado a fase de testes do compartilhamento de patinetes elétricos em Porto Alegre. A solução tecnológica é de responsabilidade da empresa Grin, uma startup mexicana de micromobilidade urbana. O serviço privado funcionará por um período de 90 dias. O custo é de R$ 3 para o desbloqueio e primeiro minuto e R$ 0,50 por minuto rodado. Para experimentar a plataforma, a primeira corrida de até 10 minutos é gratuita. O horário de funcionamento é das 7h às 22h.

O cadastro, pagamento e liberação dos patinetes, restritos a maiores de 18 anos, são realizados por meio do aplicativo da Grin, disponível nas plataformas App Store (iOS) e Google Play (Android), que mostra os locais conveniados com o comércio local, em áreas privadas, para a retirada ou entrega dos equipamentos disponíveis para a população nos bairros Moinhos de Vento, Rio Branco, Independência, Floresta, Auxiliadora, Farroupilha, Cidade Baixa e Bom Fim.

A iniciativa, de acordo com o diretor de Operações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fábio Berwanger, é baseada no decreto municipal 19.701, de 15 de março de 2017, que possibilita ao poder público o teste de novas tecnologias que contribuam para soluções inovadoras na Capital. Para a segurança, é recomendado que os usuários façam uso de capacete e que mantenham sempre as duas mãos no guidão e os dois pés dentro do patinete.

Segundo a EPTC, para a viabilização do serviço e organização da cidade, é importante a devolução correta dos veículos nas estações. A empresa monitora os patinetes em tempo real e conta com uma equipe local para realizar o processo de coleta, recarga e recolocação diária nas estações. A locação também pode ser realizada por meio do aplicativo de entregas Rappi, opção criada a partir de uma parceria estratégica entre as duas empresas.

Os patinetes observam as mesmas regras atuais para as bicicletas. Podem transitar em ciclovias e ciclofaixas (até o limite de 20 km/h) e, se necessário, nas calçadas (neste caso, o limite é de 6 km/h), respeitando sempre a prioridade total aos pedestres e observando o que determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Os usuários da plataforma também contam com cobertura do seguro de acidentes pessoais da seguradora HDI para eventuais acidentes durante o passeio.

“É uma iniciativa muito importante, trata-se de uma tendência mundial e Porto Alegre não podia ficar fora disso. Sabemos que os patinetes já funcionam em Florianópolis e São Paulo, por exemplo, além de outras capitais e grandes metrópoles do mundo inteiro”, afirmou Berwanger. Conforme ele, o patinete chega para suprir uma necessidade para pequenos deslocamentos. Na próxima semana a empresa Yellow também deve iniciar a fase de testes com o serviço.

“Vamos orientar a população sobre o uso adequado e, tudo o que percebermos nestes três meses de teste, vamos ajustar se for necessário. A resolução permite que o município faça a regulamentação do serviço”, explicou Berwanger. Ainda de acordo com ele, a ideia é que as iniciativas estejam chegando para ficar. “Estamos aí para ajudar e fazer com que todos os sistemas do transporte funcionem da melhor forma possível. Esperamos que seja mais uma coisa bacana para a cidade”, disse.