RS registra 14 casos de dengue e um de chikungunya em 2019

Total de casos autóctones se mantém em quatro

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Foto: Samuel Maciel/CP Memória

O Rio Grande do Sul já registra 14 casos de dengue, desde o início do ano. O boletim mais recente, que saiu na tarde de hoje, confirmou mais dois casos importados da doença. Até o momento, 10 pacientes adoeceram depois de viajar para outras regiões do País e quatro se contagiaram sem sair do Rio Grande do Sul – o que configura caso autóctone.

O relatório da Secretaria da Saúde passou também a incluir o primeiro caso confirmado de febre chikungunya em 2019, também da forma importada, no bairro Higienópolis, em Porto Alegre. O mosquito Aedes aegypti transmite as duas doenças, assim como o zika vírus, ainda sem casos notificados, desde janeiro, em território gaúcho.

Dengue

Entre os dez casos importados, Não Me Toque e Sete de Setembro registraram dois, cada. Os demais envolveram moradores de Erechim, Lajeado, Montenegro, Passo Fundo, Santa Rosa e Santo Antônio das Missões. O balanço, porém, ainda não leva em conta um caso importado confirmado em Porto Alegre, que motiva hoje uma aplicação de inseticida no bairro São João.

Já o total de casos autóctones não aumentou. Foram quatro registros em 2019, até a semana passada, em Cândido Godói, Erval Seco, Marau e Panambi.

Saiba mais

A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada da fêmea do Aedes aegypti. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Com menos de um centímetro de tamanho, o inseto é escuro, com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada, que é onde deposita os ovos. O verão, com as altas temperaturas e o aumento das chuvas, é propício para a proliferação do inseto. Por isso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o cuidado para evitar a proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo a proliferação.

Entre as medidas, recomenda-se:

– Tampar caixas d’água, tonéis e latões;
– Guardar garrafas vazias viradas para baixo;
– Guardar pneus sob abrigos;
– Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia;
– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
– Manter lixeiras fechadas;
– Manter piscinas tratadas o ano inteiro.

Infestação

A infestação por Aedes aegypti no Rio Grande do Sul passou de 62 municípios em 2010 para 320 atualmente. Isso cobre hoje uma população de mais de 9,7 milhões de pessoas, ou 86% da população.

Principais sintomas da dengue:

– Febre alta (maior que 38,5° C), de início abrupto e que dura entre dois e sete dias;
– Dores musculares intensas;
– Dor ao movimentar os olhos;
– Mal-estar;
– Falta de apetite;
– Dor de cabeça;
– Manchas vermelhas no corpo;
– Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).