Em laudo, IGP atesta acerto de exames pré-câncer realizados em Pelotas

Instituto analisou amostras com origem na UBS Bom Jesus, de onde partiram denúncias de que processo seria feito por amostragem

Foto: Divulgação / IGP-RS / CP

Os exames pré-câncer realizados na cidade de Pelotas não foram feitos por amostragem. É o que mostra o relatório do Instituto Geral de Perícias (IGP) entregue nesta sexta-feira ao Ministério Público (MP) do município.

Foram analisados pelo IGP 196 exames, os quais tinham sido feitos entre 2017 e 2018, e o resultado de 195 foram iguais aos apresentados pelo laboratório. As amostras que passaram pela análise do IGP tem origem na UBS Bom Jesus, onde as denúncias foram feitas.

De acordo com a promotora do município, Rosely Lopes, todos os levantamentos feitos até agora mostram que o laboratório responsável pelas análises clínicas estava correto. “O relatório do IGP provou que jamais foram feitos exames por amostragem.”

Mesmo com essa primeira análise, o processo cível segue tramitando, já que foram solicitadas investigações de exames de outras unidades. De acordo com Lopes, caso os próximos resultados sejam iguais a “tendência” é que o MP não apresente denúncia contra o laboratório. Nesse caso, caberá aos atingidos pela denúncia decidirem se tomam ações contra os denunciantes. “Não se brinca com a credibilidade profissional as pessoas.”

A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), se disse “aliviada” ao saber do resultado apresentado pelo IGP. “É uma notícia importantíssima, se começa a repor a verdade nesse caso. O resultado do IGP tranquiliza as mulheres de Pelotas.” De acordo com a prefeita, a “a maior preocupação era manter a credibilidade de um exame fundamental para a saúde da mulher.”

Mascarenhas diz que os servidores da Unidade Bom Jesus tomaram todas a ações corretas para lidar com o caso. “Tinham levantado dúvidas a respeito do exame e comunicaram o gestor, como é o correto.”

A prefeita afirma que nenhum funcionário sofrerá qualquer punição, já que eles “garantiram que não tinham feito nenhuma denúncia a nenhum jornal. “Eu acredito neles, confio nas palavras deles e não penso em nenhuma punição porque acredito que eles agiram corretamente.” O caso ganhou repercussão após ser publicado em um jornal local.