Nenhum clube brasileiro reúne condições de contratar um jogador do porte de Diego Tardelli por acaso. Aos 33 anos e com a vida resolvida, Tardelli não vai embarcar em uma “aventura” ou se deixar seduzir por promessas vazias. Nada disso. Há algo de concreto que explica muito bem o investimento do Grêmio no atacante.
Há projetos de longo prazo – e sérios – em plena execução. O técnico é o mesmo desde 2016, por exemplo. Há jogadores que fazem parte do grupo desde antes disso, que têm uma vida e crescimento profissional dentro do clube. O presidente faz uma gestão que é exemplo no Brasil e está em seu quinto ano de mandato. Todos estes pilares dão sustentação para um outro elemento fundamental: os ativos financeiros.
PODER DE ENDIVIDAMENTO
Não é preciso ser gênio para concluir que Éverton representa uma montanha de dinheiro no futuro próximo do clube. Kannemann é outro que recebe sondagens periódicas do futebol europeu. Luan é outro com um valor de mercado elevado. Estes ativos financeiros dão ao Grêmio a possibilidade de “extrapolar um pouco”, como disse Romildo Bolzan Júnior.
Este fator foi preponderante para que o Grêmio vencesse o Atlético-MG na disputa pelo jogador. O Galo tem no seu time veteranos como Leonardo Silva (39 anos), Ricardo Oliveira (38), Victor (36), Réver (34), Fábio Santos (33) e Elias (33), entre outros. Não há iminentes possibilidades de venda que permitam ao Atlético-MG ter um poder de endividamento. Levir Culpi, mesmo que desmentido pela direção, disse em entrevista que os salários estão atrasados.
UMA SIMPLES SOMA
Arredondando, o Grêmio pagará de salários a Diego Tardelli o mesmo valor que era destinado a Marcelo Grohe e Cícero mensalmente. E ainda deixaram o clube atletas como Douglas e Ramiro, que também tinham vencimentos elevados. É, sim, uma aposta alta. Arriscada. Mas válida.
Diego Tardelli eleva ainda mais o patamar do Grêmio.
