Corpo de Boechat deixa Museu da Imagem e do Som sob aplausos

Viúva lembrou que o jornalista passou o fim de semana com todos os seis filhos

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Sob aplausos da multidão, o corpo do jornalista Ricardo Boechat deixou às 14h05min o Museu da Imagem e do Som (MIS), zona oeste da capital paulista, onde era velado desde a noite de ontem. Uma fila de conhecidos, ex-colegas, telespectadores e ouvintes prestou as últimas homenagens ao âncora e comentarista, vítima de um acidente com um helicóptero, no fim da manhã de ontem.

Sobre o caixão, foram colocados dois letreiros luminosos usados por táxis, categoria que tinha grande simpatia pelo jornalista, pelo contato direto ou pelos comentários na rádio e TV. Um grupo de taxistas chegou a fazer uma carreata com buzinaço em frente ao museu.

Autoridades estiveram presentes no velório. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, compareceu representando o presidente Jair Bolsonaro, que segue internado.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que pretende discutir com a família um espaço para que seja feita uma homenagem ao jornalista. “Vamos buscar um espaço para homenageá-lo na cidade de São Paulo. Para que ele seja eternizado, para mostrar o exemplo que ele era para as futuras gerações”, disse Covas.

Também compareceram ao velório personalidades da comunicação, como o apresentador Serginho Groisman e o colunista social Amaury Jr.

Ainda emocionada, a viúva do jornalista, Veruska Seibel Boechat, lembrou os últimos momentos na companhia do marido. “A gente passou um fim de semana com todos os seis filhos dele, o que é uma coisa rara, são muitos”, salientou. Os quatro adultos vivem no Rio, e as menores em São Paulo.

O corpo de Boechat é cremado em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, em uma cerimônia reservada à família. Ele tinha 66 anos e deixou cinco filhas e um filho. Atualmente, era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista ISTOÉ.