A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, garantiu na manhã de hoje à Rádio Guaíba que pretende colocar em dia as contas do Estado com os municípios até o final do primeiro trimestre de 2019. Arita ainda comentou que, a partir de abril, o repasse de verbas deve voltar à normalidade, sem os atrasos verificados até então. Nos últimos meses, diversas cidades gaúchas registraram problemas nos atendimentos em saúde em decorrência do atraso nas remessas de verba por parte do Piratini.
“Se fossemos somar as dívidas, já teríamos mais de R$ 1 bilhão, desde fornecimento de medicamentos até o repasse para os municípios. Os decretos que o governador já assinou dão conta do tratamento dos pagamentos e renegociação, mas esperamos que até fevereiro já possamos comunicar aos credores como vamos negociar essa dívida do passado. Mas estamos organizados ao orçamento 2019, nós já temos a previsão de que em março teremos recursos para empenhar todos os compromissos da secretaria, e já em abril estaremos fazendo pagamento em dia.”
A secretária também comentou o problema antigo da chamada “ambulancioterapia”, quando os pacientes precisam ser transportados para outras cidades a fim de que recebam tratamento médico. Arita disse ser impossível levar todos os tipos de especialidade médica a todas as cidades, e que o sistema de encaminhamento deve se manter. Algumas cidades gaúchas, principalmente as mais afastadas da Capital, dependem dos atendimentos que são realizados nos grandes centros, inclusive ajudando na superlotação desses centros de saúde.
“A ambulância não pode ser considerada apenas como uma transferência irresponsável de um gestor. Ela é um meio de acesso que os municípios têm para o atendimento das referências que não têm na região. É melhor que tenha distante, do que não tenha”, ponderou.
Além disso, a secretária, que esteve à frente da pasta da Saúde em São Lourenço do Sul, garantiu que pretende buscar junto a Brasília os recursos necessários para atender às principais demandas do Estado. Também ponderou que questões como a dívida do Rio Grande do Sul com a União não podem ser empecilhos para a prestação de um serviço de qualidade. “Estou indo a Brasília com uma mala de problemas. Espero poder voltar com soluções”, ponderou.
Arita também afirmou que pretende melhorar as políticas de atendimento aos idosos, diminuir a judicialização na Saúde, melhorar a oferta de vagas e atendimentos em média complexidade, além de buscar um orçamento mais realista, que dê conta das demandas dos gaúchos.
