Vai ser entregue, na noite de hoje, ao prefeito Nelson Marchezan Jr. o abaixo-assinado de vereadores para que o chefe do Executivo vete o projeto do ex-vereador Rodrigo Maroni (Podemos) que dá o nome de Marielle Franco a uma pequena rua tomada por lixo e mato no bairro Hípica, na zona Sul de Porto Alegre. O documento reúne as assinaturas de 26 dos 36 parlamentares da Câmara Municipal.
O vereador Roberto Robaina (PSol), de quem Marielle era colega de partido, recolheu os apoios, nos últimos dias. De acordo com o parlamentar, praticamente todas as bancadas se manifestaram favoravelmente ao veto do projeto, já que as assinaturas vêm de diversos partidos diferentes.
Para nomear ruas da Capital, não há exigência de que o projeto passe pelo Plenário da Casa. Normalmente, esse tipo de iniciativa tramita apenas em Comissões e depois vai à sanção do prefeito. Para Robaina, por não ter passado pelo crivo da maioria dos vereadores, a Câmara aprovou um projeto que não é bom.
“Tão ruim, que levou a maior parte dos vereadores a se posicionar pelo veto. É um projeto que ao invés de homenagear a Marielle acaba sendo uma ofensa, porque não teve participação popular e não foi um processo adequado para, realmente, fazer uma homenagem”, alegou o parlamentar.
O documento vai ser entregue ao prefeito pelo líder do governo na Câmara, vereador Mauro Pinheiro (Rede).
Marielle Franco
O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSol), que cumpria o primeiro mandato, e do motorista Anderson Pedro Gomes, completou 11 meses ainda à espera de solução.
Eles foram mortos na noite de 14 de março do ano passado, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados voltando para casa, de carro, na Tijuca, após um evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.
