A ex-candidata ao senado pelo PSL, Carmen Flores, garantiu, nesta sexta, que ainda não definiu o ingresso no Democratas do Rio Grande do Sul. A empresária se encontrou em Brasília com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas não bateu o martelo quanto à possibilidade de compor a sigla. Carmen Flores deixou o Partido Social Liberal após uma série de disputas internas pelo comando estadual da legenda, da qual era presidente.
“Eu saí muito machucada de um processo recente, acho que é muito prematuro tomar decisões. Ontem uma notícia mentirosa foi plantada, então eu quero fazer tudo com calma, ver o que é melhor. Tenho muitos convites, é provável que eu entre no Democratas, mas tem muita água pra rolar por essa ponte”, ponderou, negando que esteja mudando de partido para tirar o cargo de Onyx, que hoje é o presidente estadual do DEM.
Carmen também disse que “era quase impossível tratar de assuntos sérios” nessa manhã em Brasília, pelo grande número de pessoas que pedem agenda com Lorenzoni. “Eram 50 deputados correndo atrás dele, temos que ter respeito ao (presidente Jair) Bolsonaro, hospitalizado, e todo mundo correndo atrás por cargos, um povo estranho. Ninguém procura pensar no Brasil, só em cargos. Acredito que ele (Onyx) não tenha condições agora de tratar desses assuntos”, lamentou.
A ex-presidente do PSL gaúcho relembrou que qualquer acerto com o DEM só deve ocorrer após as convenções estadual e nacional do partido, em março: “antes disso, ninguém vai entrar. Vai entrar só de boca”. Nas eleições de outubro, a empresária concorreu ao Senado e ficou em quarto lugar ao somar mais de 1,5 milhão de votos, o equivalente a 14,3% – 300 mil a menos que Paulo Paim (PT), o segundo senador eleito.
