Metalúrgicos voltam a protestar em frente à GM, em Gravataí

Sindicato é contrário as mudanças previstas pela montadora

Em novo protesto, funcionários da GM estabelecem paralisação por tempo indeterminado | Foto: Samuel Vettori / Record / Especial / CP

Os trabalhadores metalúrgicos da General Motors (GM) realizam nova manifestação no portão de acesso à unidade localizada em Gravataí, na Região Metropolitana, desde as 5h30 desta sexta-feira. Há mais de uma semana, o Sindicato dos Metalúrgicos (Sinmgra) atua para que não sejam levadas adiante as novas medidas anunciadas pela montadora.

A GM pretende implementar 21 mudanças na planta de Gravataí e sinalizou que se elas não forem feitas, os investimentos na planta gaúcha serão revistos. Conforme o Sindicato, as medidas alteram os direitos adquiridos pelos funcionários e implicam em perdas salariais e de benefícios. O acordo de 2017 a 2019 inclui garantias salariais, participação nos lucros e resultados e jornada de 40 horas semanais.

Na última terça-feira, após protesto, a diretoria do Sindicato se reuniu com representantes da montadora em São Paulo. Segundo o diretor Jurídico, Edson Dorneles, o encontro foi tenso e não houve consenso.

O governador Eduardo Leite e o prefeito de Gravataí, Marco Alba, também estiveram em São Paulo, na quarta. Leite disse que está otimista sobre a permanência da GM na cidade da Região Metropolitana e viu com boas perspectivas as negociações iniciadas com os sindicatos.

‘Estamos ajustando para os próximos dias uma reunião com a GM em Gravataí. É natural que haja um impasse nesta questão. Até existe uma dicotomia porque o salário para quem paga é muito e o salário para quem recebe é pouco. Conversamos com a diretoria da empresa e estamos à disposição para dialogar com os sindicatos, mas a relação é entre eles. Nós não podemos avocar para o governo do Estado uma relação que não é nossa”, explicou”.