Em um encontro com oficiais e praças das Forças Armadas da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro criticou hoje os militares que desertaram e passaram a apoiar o governo interino. De acordo com Maduro, há um movimento de pressão, a partir da Colômbia, para dividir os militares do país.
Para o presidente, há “mercenários da oligarquia colombiana” conspirando para “dividir a Força Armada Nacional Bolivariana”. “Temos de ter uma Força Armada consolidada, unida ao povo, protegendo o povo, mobilizada para a defesa.”
Ao discursar para os militares, em Caracas, Maduro apelou: “[Temos de] garantir que nosso território nunca seja tocado pela planta insolente do imperialismo americano”.
Ao longo da semana, Maduro visitou várias unidades militares na região de Caracas e nos estados de Yaracuy e Aragua. Segundo a imprensa oficial, a iniciativa do presidente é parte de uma série de exercícios militares em comemoração aos 200 anos do Congresso de Angostura.
Os exercícios militares se intensificaram nos últimos dias, depois que o deputado federal Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da República. A iniciativa conta com apoio de boa parte da comunidade internacional, inclusive o Brasil.
Ontem, a Procuradoria Geral da República da Venezuela pediu à Suprema Corte do país para probir Guaidó de deixar a região e bloquear bens e contas bancárias em nome dele.