Arábia Saudita nega razões políticas para suspender compras de frango

Segundo a representação diplomática, em breve o governo saudita enviará explicação técnica detalhada

Foto: Rodrigo Assmann / CP Memória

A Embaixada da Arábia Saudita negou “razões políticas” para suspender a importação de carne de frango de cinco empresas brasileiras. De acordo com a nota divulgada hoje (25), foi “uma decisão exclusivamente técnica e rotineira”, pois empresas em “desconformidade” com as normas exigidas pelo país foram “descrendenciadas”.

Segundo a representação diplomática, em breve o governo saudita enviará explicação técnica detalhada. Com as informações em mãos, os diplomatas sauditas no Brasil pretendem marcar reuniões no Ministério das Relações Exteriores e em órgãos federais, assim como para as empresas envolvidas.

De acordo com a Embaixada da Arábia Saudita, a suspensão se baseou em um procedimento de atualização da lista de empresas brasileiras credenciadas para exportar. Para fazer essa atualização, o governo da Arábia Saudita enviou em 1º de agosto de 2018 uma missão de técnicos e inspetores para verificar as condições de abate de frango.

Segundo a embaixada, esses técnicos retornaram à Arábia Saudita e elaboraram um documento minucioso, informando se os frigoríficos brasileiros atendiam às normas sanitárias do país. A suspensão das importações de frango se baseou na lista dos frigoríficos brasileiros reprovados nessa lista.

“Cabe lembrar nesse sentido, que as diretrizes e orientações fitossanitárias exigidas pela Comissão Geral de Alimentos e Drogas do Reino são aplicáveis para todos os países exportadores de produtos alimentícios para o Reino da Arábia Saudita”, diz a nota oficial do governo saudita.

A Embaixada da Arábia Saudita nega que a decisão tenha sido motivada pela possibilidade de o Brasil transferir de TelAviv para Jerusalém a embaixada brasileira em Israel.