Telemedicina ajudará na redução das filas de espera para consulta com especialistas na Capital

Até dezembro de 2018, as filas de espera para as onze especialidades contempladas no projeto ultrapassava 55 mil pessoas

Prefeito Nelson Marchezan Júnior, secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, coordenador do TelessaúdeRS-UFRGS, Roberto Umpierre, e diretor-executivo do Hospital Sírio-Libanês, Fernando Torelly, visitam a central de telemedicina.. Foto: Jefferson Bernardes/PMPA

Foi anunciado na manhã desta sexta-feira o início das atividades do Regula+Brasil em Porto Alegre. O objetivo do projeto é ajudar na redução das filas de espera para consultas médicas com especialistas que são encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Na prática, o programa que já está em funcionamento desde o dia 10 de janeiro, atua apoiando a Central de Regulação de Porto Alegre, avaliando os encaminhamentos feitos aos pacientes que procuram as UBSs. Sempre que o médico da Unidade acreditar na necessidade de encaminhar o paciente para um especialista, o caso será enviado para um núcleo remoto formado por médicos integrados a uma rede de telemedicina. O núcleo irá avaliar o encaminhamento para as especialidades, indicando prioridade aos casos mais graves.

Segundo o secretário de Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, em cerca de 2/3 dos casos, ao invés de ser encaminhado ao especialista, o paciente poderá ser manejado pelos Médicos de Saúde da Família com o apoio dos profissionais remotos.

O serviço de telemedicina não é acessível aos pacientes. Ele será um apoio aos médicos das UBSs. O Regula+Brasil faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS e é vinculado ao Ministério da Saúde. O programa está sendo implementado pelo Hospital Sírio-Libanês em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a Prefeitura da Capital.

Porto Alegre já utiliza o serviço desde o ano passado nas áreas de dermatologia e oftalmologia. Para se ter um exemplo, em janeiro de 2017, a fila para atendimento com dermatologistas era de 5.230 pacientes e foi zerada ainda no final daquele ano.

Até dezembro de 2018, as filas de espera para as onze especialidades contempladas no projeto ultrapassava 55 mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Sendo as áreas de ortopedia e oftalmologia as quem têm maior demanda, com 11,4 mil pacientes cada.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior, o secretário de Saúde, Pablo Stürmer, o coordenador do TelessaúdeRS-UFRGS, Roberto Umpierre, e o diretor-executivo do Hospital Sírio-Libanês, Fernando Torelly, participaram da cerimônia de lançamento do programa.