O delegado Newton Martins admitiu, hoje, à Rádio Guaíba, ainda não ter linha de investigação definida sobre o assassinato, a facadas, de dois idosos encontrados com sinais de tortura pelo corpo, em uma casa na zona Sul de Porto Alegre. O crime ocorreu na quarta-feira, no bairro Camaquã. Responsável pelo caso, ele disse que o trabalho precisa ser minucioso para que seja suprida a falta de imagens de câmeras de segurança nas imediações.
José Eduardo Castro Pereira, de 61 anos, e Elma de Oliveira Castro, de 76 anos, sobrinho e tia, foram encontrados mortos dentro da residência em viviam na rua Mario Totta. A idosa teve a cabeça ensacada e um fio de ventilador enrolado ao pescoço. Os policiais também relataram ter encontrado o corpo caído sobre a ponta de um facão. O delegado afirmou os idosos residiam em um imóvel humilde e que disse não acreditar que a motivação do crime tenha relação com bens ou herança, por exemplo.
Martins salientou que Pereira era uma pessoa muito bem quista pela vizinhança e que Elma poucas vezes saía de casa. “Durante os depoimentos que colhemos até o momento, percebemos que eram muito queridos e que não tinham desavenças com nenhuma pessoa suspeita”, completa o delegado.
Segundo a Polícia, não há sinais de que algo tenha sido levado da casa, nem mesmo a motocicleta do idoso. Pereira pretendia pretendia morar em Tramandaí, local onde a família também possuía um imóvel. De acordo com o relato de testemunhas, ele havia voltado à Capital apenas para buscar a moto. Pelo fato de a chave da residência ter sido encontrada jogada no pátio, o delegado fala que não pode ser descartada a participação de familiares no crime. Ele esclarece que, até o momento, não encontrou pistas para explicar o duplo homicídio.
