Corpo de Bombeiros estima mais de 200 desaparecidos em Brumadinho

Rompimento de barragem que pertence à Vale liberou no meio ambiente um volume ainda desconhecido de rejeitos de mineração

Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou, na tarde de hoje, que aproximadamente 200 pessoas estão desaparecidas após o rompimento da barragem da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A estrutura, que pertence à Vale, liberou no meio ambiente um volume ainda desconhecido de rejeitos de mineração.

O Hospital João XXIII, instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais e sediada em Belo Horizonte, acionou um plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes. Até o momento, a instituição confirmou a chegada de duas pacientes, de helicóptero.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o Sistema de Comando de Operações (SCO) está estruturado no Centro Social do Córrego do Feijão, em Brumadinho. “Vários órgãos, principalmente de segurança pública, estão no local e em reunião neste momento definindo as estratégias de atendimento”, cita a nota.

Ao lado do Centro Social do Córrego do Feijão, há um campo de futebol que está sendo usado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico, além de estacionamento de viaturas. Também começou a funcionar um posto para arrecadação de alimento na Faculdade Asa de Brumadinho.

O Corpo de Bombeiros informou que está atuando com 51 militares e seis aeronaves.

O Corpo de Bombeiro pediu ainda que os órgãos de imprensa retirem os drones usados para fazer imagens, por estarem atrapalhando o sobrevoo das aeronaves da corporação. “As aeronaves estão resgatando inúmeras pessoas ilhadas em diversos pontos a todo momento”, alertou a corporação.

Lama atingiu rio
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o rejeito que vazou da Mina Feijão atingiu o rio Paraopeba às 15h50min.

Mais cedo, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), empresa vinculada ao governo mineiro, informou que pode vir a alterar a forma de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, que é atendida pelo Sistema Paraopeba. A estatal, porém, assegurou que a população não vai ser prejudicada.