Brumadinho: “Ainda não sabemos o que aconteceu”, admite presidente da Vale

Fábio Schvartsman confirmou que havia cerca de 300 pessoas trabalhavando no local no momento do acidente

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse hoje que a maioria das vítimas, do rompimento da barragem, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, é de funcionários da empresa. Ele disse que a Vale buscou tomar providências para garantir mais segurança às barragens, ampliando uma série de ações, como a execução de fiscalização periódica, revisões realizadas por empresas estrangeiras e auditorias externas, além de implantação de sirenes.

“Nós ainda não sabemos o que aconteceu. Ainda é muito cedo para termos essa informação”, disse o presidente, ao ser questionado sobre as causas do acidente.

Segundo o presidente, havia cerca de 300 pessoas trabalhavando no local no momento do acidente. De acordo com ele, aproximadamente 100 pessoas foram localizadas até o momento. Schvartsman disse que a empresa montou um gabinete de crise e presta assistência às vítimas.

Schvartsman acrescentou que até o momento não é possível mensurar o número de vítimas porque houve um soterramento. Ele também informou que a barragem permaneceu os últimos três anos inativa, sem receber resíduos de mineração.

“Nós não pouparemos esforços, nós temos um gabinete de crise montado, nós mobilizamos todas as ambulâncias na região, aproximadamente 40”, disse o presidente da Vale. “Estamos complementando tudo aquilo que os hospitais públicos são capazes de atender. Estamos fazendo um esforço grande de assistência social, inclusive com a presença de psicólogos”, completou.