Mourão rechaça intervenção na Venezuela

“Não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos”, afirmou presidente em exercício

Foto: Romério Cunha / VPR

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o Brasil não vai interferir na política interna da Venezuela. Nesta quarta-feira, o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino do país. O Brasil, os Estados Unidos e outros países reconheceram a legitimidade do ato.

“O Brasil não participa de intervenção. Não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos de outros países”, disse Mourão sobre a situação no país vizinho.

A Justiça do país, controlada por apoiadores de Maduro, anulou todos os atos da Assembleia Nacional, que era presidida por Guaidó. Questionado sobre qual vai ser a posição do Brasil em caso de uma prisão de Guaidó, Mourão afirmou que só pode protestar: “O Brasil só pode protestar, né? Não vai fazer mais nada além disso”, disse, ao deixar o Palácio do Planalto, no início da noite.

O presidente em exercício acrescentou que vai ser preciso aguardar as consequências da decisão do Brasil e de outros países em rejeitar o governo de Nicolás Maduro. “O presidente (Bolsonaro) tomou uma decisão em conjunto com os outros presidentes dos países americanos de não reconhecer o governo do Maduro pela questão da ilegitimidade da eleição. Vamos aguardar as consequências desse ato”.