Anta Gorda: gerente de banco pode ter sido morto por omitir informação de vizinho

Suspeito, preso hoje em Capão da Canoa. é dono do imóvel ocupado pelo banco Sicredi, que planeja trocar de endereço

Imagem: Divulgação PC

Depois de prender, na manhã desta quarta-feira, o suspeito de ter matado e ocultado o corpo do gerente de banco Jacir Potrich, de 55 anos, desaparecido em 13 de novembro do ano passado, a Polícia Civil informou que a mudança de endereço da agência do Sicredi de Anta Gorda pode ter motivado o crime. O delegado Guilherme Pacífico confirmou que o homem detido, que não teve o nome divulgado, é um dentista que era vizinho do gerente no mesmo condomínio fechado. Ele não tinha antecedentes criminais e vivia em uma residência de alto padrão.

O delegado salientou o trabalho minucioso da Polícia para tentar esclarecer o caso e prender o suspeito, de 52 anos. A prisão ocorreu durante a operação “Gerente A.G”, deflagrada no litoral Norte. Policias civis, PMs, bombeiros militares e peritos criminais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Capão da Canoa.

Pacífico confirmou que Potrich e o suspeito eram amigos e “se orgulhavam de morar no mesmo condomínio e ter construído as casas para viver com a família”. A amizade, conforme o delegado, acabou quando o bancário omitiu do acusado a decisão do Sicredi de mudar a agência de endereço. O vizinho é dono do imóvel que hoje é usado pelo banco.

A Polícia chegou ao suspeito após analisar imagens das câmeras de segurança do condomínio e de lojas do comércio de Anta Gorda, e de coletar depoimentos de pessoas da comunidade. Conforme o delegado, apesar de as imagens do condomínio terem sido eliminadas do sistema, a Polícia conseguiu encontrar o material gravado em um computador do dentista.

O suspeito fica preso temporariamente, pelos próximos 30 dias, no presídio de Encantado, no Vale do Taquari. Ele se negou a responder às perguntas da Polícia sobre como matou o gerente e onde escondeu o corpo. O delegado confirmou que o inquérito também deve ser concluído em 30 dias, e que o objetivo, agora, é localizar o corpo da vítima.