Em seu primeiro discurso internacional como presidente do Brasil, Jair Bolsonaro destacou que o Brasil está “de braços abertos” para o mundo e que quer “mostrar para o mundo o momento único em que vivemos”. Falando na abertura da conferência de Davos, ele disse que vai “restaurar nossos valores e abrir nossa economia” e que sua equipe “goza de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós”.
“Queremos governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós. Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas”, disse em seu discurso de seis minutos.
“O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo. Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, garantiu.
O presidente disse que assumiu o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica após, ser atacado durante a campanha. “Temos o compromisso de mudar nossa história. Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção,” falou apresentando ao público o ministro Sérgio Moro, a quem chamou de “o homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro”.
Bolsonaro ainda afirmou que as relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, “implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir”. “Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE.
Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da Organização Mundial do Comércio, com a finalidade de eliminar práticas desleais e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais”, avaliou.
“Estamos aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar nossas relações comerciais. Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes. Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em progresso e desenvolvimento para todos”, concluiu.