“Houve erro de comunicação”, afirma deputada eleita do PSL sobre visita à China

Carla Zambelli afirmou que comitiva não foi fechar nenhum acordo no país comunista

Carla explicou que se tratava do oferecimento de um projeto piloto para ser usado no Rio de Janeiro | Foto: Instagram / Reprodução / CP

A deputada federal eleita Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou nesta sexta-feira que houve um “erro de comunicação grande” na viagem da bancada do partido à China, mas minimizou o eventual mal-estar que a decisão possa ter causado. Na quarta e na quinta-feira, as críticas de Olavo de Carvalho sobre a viagem repercutiram nas redes sociais. “A gente não ouviu da boca do Bolsonaro nenhum desagravo. Em nenhum momento ele nos chamou a atenção. Se gerasse esse mal-estar que foi dito em algumas redes, acho que ele teria chegado até nós para conversar”, afirmou em entrevista á rádio Eldorado.

Segundo ela, o que houve foi uma “notícia torta” de que um sistema de reconhecimento facial seria levado para o Brasil. Carla explicou que se tratava do oferecimento de um projeto piloto para ser usado no Rio de Janeiro e “disseram que era para ser usado em todos os aeroportos”. “Não tem nada a ver com o que viemos fazer. Não viemos assinar nada. Jamais fecharíamos um acordo. Não temos poder, prerrogativa para isso e jamais faríamos o fechamento de negócio sem conhecer outros negócios em outros países”, disse.

Questionada sobre se não haveria incoerência em visitar um país comunista, a deputada eleita respondeu que não vê problema na decisão e enumerou dados sobre a parceria econômica entre Brasil e China. “Ele (Bolsonaro) tem dito que a questão comercial não pode passar por ideologia”, reforçou, usando uma frase que o presidente falou na transição de governo.

De acordo com Carla Zambelli, o presidente do PSL, Luciano Bivar, foi avisado da viagem. “Inclusive, ele foi o primeiro a ter contato com a embaixada da China”, afirmou. Ela atribuiu ainda a eleição dela a Bolsonaro. “Ao Olavo eu devo o conhecimento que eu tenho. Todos nós brasileiros devemos ao professor Olavo. Devo sim, a ele, outras coisas. Mas a eleição, não”, complementou.