STF suspende investigação sobre Queiroz

Decisão é temporária, até que relator se manifeste

Fabrício Queiroz é suspeito de irregularidades no gabinete de Flávio Bolsonaro | Foto: Reprodução/SBT/R7
| Foto: Reprodução / SBT/ R7

O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as investigações sobre movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar e ex-policial militar, que era lotado no gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A decisão é temporária.

Fux, que responde pelo plantão judicial do Supremo até o início do mês que vem, suspendeu a investigação até análise do relator, ministro Marco Aurélio Mello, sobre uma reclamação protocolada no STF pela defesa de Flávio Bolsonaro. O processo corre em segredo de Justiça.

Responsável pelo procedimento de investigação criminal sobre o caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) disse – por meio de nota – que, pelo fato de o procedimento tramitar sob absoluto sigilo, não vai se manifestar.

Na decisão, Fux entendeu que ao assumir o mandato de senador em fevereiro, Flávio passa a ter foro privilegiado e que, por isso, é melhor esperar a definição pelo STF, a quem cabe conduzir a investigação.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que em um mesmo ano houve a movimentação de R$ 1,2 milhão por parte de Queiroz.

O documento integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro.

O MPRJ marcou duas vezes o depoimento de Queiroz. Ele não compareceu, justificando problemas de saúde. A mulher Márcia Oliveira de Aguiar e as filhas dele Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz também faltaram ao depoimento, alegando estarem acompanhando o tratamento dele em São Paulo.