A pichação de prédios públicos, de monumentos, a depredação de sinaleiras, de paradas de ônibus, postes e luminárias vêm resultando em em um prejuízo anual estimado pela Prefeitura de Porto Alegre de R$ 1 milhão. No caso das pichações, a Guarda Municipal de Porto Alegre, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança, registrou 44 casos, dos quais 34 em prédios públicos e dez em imóveis particulares em 2018. Os agentes realizaram 38 detenções, de 34 adultos e quatro menores.
Em 2019, o caso mais recente de vandalismo ocorreu na noite de sábado quando os guardas municipais flagraram um ato no Parque Moacyr Scliar, na orla do Guaíba. Uma mulher de 19 anos realizou uma pichação perto da Usina do Gasômetro. A patrulha da Guarda Municipal registrou a ocorrência na 2ª Delegacia de Pronto Antedimento. Ela não tinha passagens pela polícia e também vai responder por desacato.
Além da pichação, os operadores do videomonitoramento do Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic) flagraram uma pessoa tentando arrancar o busto do monumento a João Batista Mascarenhas de Morais, comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial, no Parque da Redenção. Uma viatura da Guarda Municipal impediu a continuidade do dano à obra. O homem, de 34 anos, tinha passagens na polícia por tráfico e posse de drogas.
O Disque-pichação, que funciona em Porto Alegre desde maio de 2006, permite à população denunciar atos de vandalismo. Pelo telefone 153, não é preciso se identificar. A lista de bairros com mais registros de pichação abrange Centro, Partenon, Petrópolis, Cidade Baixa, Azenha, Santana, Restinga e Lomba do Pinheiro.
Um dos locais que é alvo dos pichadores é o prédio da Faculdade de Medicina da Ufrgs, no cruzamento da rua Sarmento Leite com a Luiz Englert. O comandante da Guarda Municipal de Porto Alegre, Roben Martins, disse que a instituição trabalha com tecnologia e patrulhamento, planeja aperfeiçoar ainda mais o efetivo e pede que a população siga denunciando.