A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro identificou um dos suspeitos de participar do ataque à deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ), que teve o carro alvejado por criminosos, um deles com um fuzil, na manhã desse domingo, na Penha, zona norte da cidade. O nome do suspeito não é revelado para não atrapalhar as investigações.
Para dar seguimento às apurações, equipes da DH estão em busca de outras câmeras de segurança que possam ajudar a confirmar a autoria do crime.
Na manhã de ontem, um carro emparelhou com o Toyotta Corolla blindado da deputada, quando ela seguia para a missa com a mãe. Apesar da blindagem do automóvel, o motorista ficou ferido na perna, mas recebeu alta ainda nesse domingo.
A motivação do crime ainda não se esclareceu, mas o Disque Denúncia confirmou que a deputada Martha Rocha foi informada de três ameaças feitas a ela e recebidas pelo canal telefônico em novembro do ano passado.
A deputada disse que foi comunicada pelo Disque Denúncia sobre possível um atentado por parte de milicianos contra autoridades. “Ponderei [com as autoridades] que não me cabia pedir escolta, o que me cabia era solicitar uma análise de risco, ou seja, que a Polícia Civil me dissesse se aquelas notícias são, ou não, verdadeiras”, disse Martha.
Em face desse histórico, o caso é analisado sob duas linhas de investigação: tentativa de roubo ao veículo blindado ou atentado pessoal.
Para Martha Rocha, o episódio merece atenção independentemente da motivação. “Mesmo que, ao final [da investigação], se entenda que foi uma tentativa de roubo, eu quero ser a voz das pessoas que moram naquela região, porque não é admissível que às 9h15min da manhã de domingo tenha um carro circulando com, no mínimo, dois elementos, um deles vestido de preto, com luvas e touca ninja preta, portando um fuzil, para proceder roubos naquela localidade”, afirmou a deputada.
Ex-delegada, Martha Rocha se tornou a primeira mulher na história a chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro, nos anos 2000.
