O Ministério Público de Goiás (MP-GO) interrogou hoje o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Uma força-tarefa investiga as denúncias de crimes sexuais contra ele por mulheres que foram atendidas pelo investigado ou frequentaram o centro no qual ele atendia na cidade goiana de Abadiânia em busca de tratamento espiritual.
A oitiva durou cerca de três horas. Contudo, o Ministério Público de Goiás não divulgou o teor das declarações de João de Deus ou possíveis medidas que serão adotadas pela força-tarefa de promotores montada para apurar os relatos.
Foi a segunda vez que João de Deus depôs ao MP. Na primeira oitiva, no dia 26 de dezembro, ele já havia negado qualquer abuso sexual contra mulheres no centro que dirige. Advogados de defesa alegaram que o investigado nunca ficou sozinho com mulheres no local.
No dia 28, o MP apresentou uma primeira denúncia contra o médium pelos indícios de crimes sexuais. A Justiça estadual acolheu o documento, tornando-o réu em processo. O MP segue apurando os casos e recebendo denúncias e informações por meio de um canal criado especificamente para o caso, por meio do e-mail [email protected].
João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro. Segundo relatos, ele cometeu violação sexual e estupro de vulnerável contra diversas mulheres do centro. Segundo o MP, centenas de mulheres enviaram denúncias ou informações contra o médium por diversas práticas de abuso.