A situação se agravou, na noite dessa sexta-feira, em Alegrete, com a evolução das águas do rio Ibirapuitã. Segundo a coordenadora da Defesa Civil, Maysa Moreira, o manancial atingiu 13,7 metros acima do nível normal, às 23h. Os 10 abrigos montados pelo município, além de barracas no bairro Renascer, recebiam pessoas mesmo à noite.
Conforme levantamento, são 810 famílias desabrigadas e desalojadas, para um total de 2,57 mil pessoas, entre adultos e crianças, fora de casa. Neste sábado, no fim da manhã, o governador Eduardo Leite visita a cidade para observar a situação e anunciar apoio à comunidade afetada pelos fenômenos dos últimos três dias.
Na tarde de ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou o km 578 da BR 290, em decorrência de um alagamento na pista, invadida pelo Ibirapuitã. De acordo com os agentes, não há previsão de liberação do trecho. A alternativa é usar um desvio de 1,5 quilômetro por dentro de Alegrete, entre o trevo do Caverá e a entrada da Vila Nova Brasília.
A Prefeitura de Alegrete, que decretou emergência durante a semana, estima que os prejuízos ultrapassem R$ 10 milhões. O setor de Infraestrutura projeta perda de R$ 8,5 milhões com as estradas, calçamento danificado e dois pontilhões avariados no interior do município. Somente na área de saúde, a conta chega a R$ 3 milhões.
*Com informações do repórter Fred Marcovici/Correio do Povo