Novo comandante do Exército defende exclusão de militares da reforma da Previdência

Ministro da Defesa e comandante da Marinha já haviam se manifestado no mesmo sentido

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O novo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, defendeu hoje que o sistema previdenciário das Forças Armadas não deva ser modificado na reforma da Previdência. “A intenção minha, como comandante do Exército, se me perguntarem, nós não devemos modificar o nosso sistema”, disse a jornalistas, após assumir o cargo, no Clube do Exército de Brasília.

A equipe econômica fecha a proposta de reforma da Previdência, a ser submetida ao presidente Jair Bolsonaro, para posterior encaminhamento ao Congresso.

O general lembrou que as Forças Armadas não fazem parte do sistema de Previdência Social. “Isso está na Constituição. Há uma separação”, argumentou.

Pujol destacou, no entanto, que os militares são disciplinados e estão prontos a colaborar com a sociedade. “Os militares sempre tiveram participação no esforço da nação. Inclusive, quase 20 anos atrás, nós fomos os únicos que nos modificamos em prol disso aí. Os outros setores da sociedade não se modificaram. Havia uma intenção, mas fomos os únicos a nos modificarmos e fazer o sacrifício. Estamos sempre prontos a colaborar com a sociedade”, afirmou.

Marinha
O comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, já havia dito, na última quarta-feira, depois de assumir o cargo, que a discussão sobre a idade mínima de aposentadoria para militares precisa ser analisada com cuidado. Para o almirante de esquadra, profissionais que fazem a defesa do país seguem exigências próprias para ocupar a função.

Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da Marinha, o ministro da Defesa ressaltou que a reforma da Previdência deve avaliar regras diferenciadas para militares.