Pelo menos 25 militares do 1º Batalhão Ferroviário, de Lages (Santa Catarina), desembarcaram em solo gaúcho no início da semana. Eles vão integrar os trabalhos de duplicação de 50 quilômetros da BR 116, entre as cidades de Guaíba e Tapes. De acordo com o comandante do 4º Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul, coronel Rogério Siqueira, até o fim de maio a região deve contar com cerca de 300 militares trabalhando.
“Eles deverão permanecer aqui por 38 meses, tempo de execução da obra, com custo de R$ 207 milhões. Estes militares vindos recentemente compõem o grupo administrativo, que farão melhorias e deverão preparar o canteiro de obras para aqueles que ainda chegarão”, disse coronel Siqueira.
A chamada “maior operação de Engenharia do Exército” deve contar ainda com militares de Araguari, de Minas Gerais e, de acordo com o comandante do 4º Grupamento, a intenção é iniciar os trabalhos na pista já na segunda quinzena de fevereiro. “Estamos fazendo uma série de adequações, cozinhas e banheiros, para receber os oficiais. Todos ficarão alojados aqui.”
O coronel Siqueira ressalta que a obra é grande, complexa, mas de grande importância especialmente para a economia da região sul. “Rota para o Porto de Rio Grande. Além disso, a presença do exército na rodovia deve inibir e reduzir o número de acidentes.” A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que cabe à autarquia fiscalizar a obra.
O prefeito de Guaíba, José Sperotto, que participou da articulação para a vinda dos militares, pondera que quer aproveitar a obra para melhorar o escoamento do arroio que corta a rodovia. De acordo com a assessoria, a intenção do prefeito é que o Exército inclua essa melhoria na obra para solucionar o problema de alagamento quando chove muito.