O presidente recém-empossado da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, negou, nesta terça-feira, que o banco vá aumentar os juros do crédito imobiliário para a classe média. Nessa segunda-feira, na cerimônia de posse dos titulares dos bancos públicos, em Brasília, ele afirmou que “quem é classe média” precisa “pagar mais ou vai buscar no Santander, Bradesco, Itaú”. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Na Caixa, vai pagar um juro maior que o do Minha Casa, certamente, porque vai ser um juro de mercado”, afirmou, durante o ato. Guimarães disse, hoje, que teve as declarações reproduzidas de forma distorcida pelos veículos de imprensa.
Após participar da cerimônia de transmissão de cargo do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, no Rio, Guimarães esclareceu que afirmação partiu de uma constatação matemática, já que o menor juro do mercado no crédito imobiliário é o do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Guimarães qualificou a forma como as declarações foram publicadas de “desonestidade intelectual” e disse que não é “correto matematicamente” comparar o crédito imobiliário do MCMV com o crédito para a classe média.
“É óbvio que o juro para a classe média, que não é o MCMV, por definição matemática, é maior. Aí, vocês (a imprensa) trocaram o que falei para dar manchete. Agora, matematicamente, o MCMV para pobre é menor. Foi o que falei”, disse Guimarães.