Mesmo com o processo de queda da inflação, a defasagem da tabela de incidência do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) acumula 95,4% desde 1996, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Na prática, isso significa que a faixa de isenção do IR atual que vale para quem ganha até R$ 1.903,98, se corrigida integralmente, chega hoje a R$ 3.689,57.
Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende ampliar a faixa de isenção do IR, mas não detalhou quais devem ser os critérios adotados para o cálculo nem qual a nova faixa salarial isenta de pagamento do imposto. Ele chegou a sugerir um anúncio da equipe econômica ainda hoje, o que não ocorreu. O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, esclareceu, à tarde, que essa ainda é uma ideia do governo, e que nada vai ser definido de imediato.
Além da faixa de isenção, o governo pretende reduzir a alíquota máxima do Imposto de Renda para pessoas físicas dos atuais 27,5% para 25%. Atualmente, a alíquota mais alta é cobrada dos contribuintes que recebem a partir de R$ 4.664,68 por mês.