Criminosos que mataram motorista de Uber obrigaram vítima a dirigir até Laguna

Paulo Junior da Costa teve o encontrado nesta sexta-feira em Santa Catarina

Imagem: Arquivo Pessoal

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira, a Polícia Civil confirmou que criminosos obrigaram o motorista de aplicativo Paulo Junior da Costa, desaparecido desde segunda-feira, a dirigir até Laguna, em Santa Catarina. Estudante de Engenharia Mecânica na Uniritter, Costa teve o corpo encontrado, hoje, no interior do município, com marcas de disparo de arma de fogo. Dois suspeitos foram presos pelo crime, um deles com prisão temporária decretada e o outro autuado em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.

Conforme a delegada Roberta Bertoldo, responsável pela investigação do caso, perto das 17h do dia 31 de dezembro, um dos detidos hoje, Wesley Nunes, pediu uma corrida pelo aplicativo Uber que tinha como destino final Santo Antônio da Patrulha. Por volta das 18h, Wesley e Jackson do Nascimento, também preso nessa manhã, desligaram o aplicativo e seguiram com Paulo dirigindo até Laguna.

Por volta das 19h, a namorada do jovem recebeu uma mensagem do celular dele, com uma série de erros de português, que dizia que Paulo havia aceitado uma corrida para Pelotas e pretendia voltar em cerca de uma hora e meia. A Polícia Civil confirmou que os criminosos escreveram a mensagem para despistar o sumiço de Paulo. A vítima residia em Guaíba.

Durante a semana, em Laguna, ambos continuaram usando o veículo, um Gran Siena vermelho, que pertencia a Paulo. A Polícia encontrou o carro na tarde de ontem, no interior da cidade, próximo a um matagal. Ao serem localizados pela Polícia, após um contato com a Uber – que forneceu os dados do passageiro que solicitou a corrida -, Wesley e Jackson confirmaram ter matado o motorista com um tiro e ocultado o corpo. Entretanto, não há a confirmação do dia em que o crime ocorreu.

Participaram da investigação as polícias civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Uma das prisões ocorreu na cidade de Orleans e outra em local não revelado. Os detalhes sobre a motivação do crime e detalhes sobre as investigações em curso permanecem sob sigilo.

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