Castello Branco assume Petrobras com críticas a monopólio

Presidente recém empossado da estatal disse que competição beneficia consumidor

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O aumento da competição no setor de petróleo no país vai beneficiar os consumidores. A avaliação é do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que tomou posse nesta quinta-feira, na sede da companhia, no Rio de Janeiro. “Abrindo a economia, tendo mais competidores. Quanto maior a competição, o benefício se dá em favor do consumidor”, disse Castello Branco.

Ele explicou o que define como preço justo do produto, conceito igualmente defendido pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP), Décio Odone, e pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, presentes à solenidade e que discursaram antes dele.

De acordo com ele, a Petrobras vai seguir o preço de paridade internacional, “sem subsídios e sem exploração de poder de monopólio. Nós somos amantes da competição e detestamos a solidão nos mercados. Queremos companhias, queremos competir”, disse.

Segundo ele, a prioridade é fazer crescer a produção de petróleo no país, mas lembrou que a companhia também vai se dedicar a produzir gás natural, um importante recurso cada vez mais utilizado pelos países, como a China.

Não há intenção de influenciar preço dos combustíveis, garante ministro
Também hoje, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que não há interesse do governo em interferir na política de preços dos combustíveis.

Bento Albuquerque frisou que não vai mais haver mais subsídio ao diesel, medida adotada pelo governo anterior para atender reivindicações dos caminhoneiros que entraram em greve. “Isso [subsídio] acabou no dia 31 de dezembro. Não é uma questão de subsídio ao diesel, é uma questão de nós deixarmos o mercado estabelecer os preços. Isso não pode ser feito só com o combustível, e sim levar em consideração o frete e outras condicionantes que levam ao estabelecimento dos preços”, disse o ministro.

Questionado pelos jornalistas sobre o preço da energia elétrica, o ministro disse que os subsídios no setor serão “reanalisados e a gente acha que a conta de luz, para o consumidor, vai diminuir”.