Bolsonaro descarta “abandono de auxílio a qualquer indivíduo” 

Em vídeo que circula nas redes sociais, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos defende que meninos usem azul e meninas, rosa

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, na conta pessoal dele no Twitter, que as ações relativas aos direitos humanos na atual gestão não abandonarão “qualquer indivíduo” e que a proteção de todos está assegurada.

Bolsonaro disse essas atribuições ficarão a cargo de conselhos e secretarias que fazem parte do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ele descartou “abandono de auxílio” e esclareceu que a “Secretaria Nacional da Família, Secretaria Nacional de Proteção Global e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação ficarão responsáveis por este papel”.

Ontem, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, negou a intenção de desenvolver ações discriminatórias na área. “Teremos um diálogo aberto com a comunidade LGBT”, afirmou.

Segundo a ministra, as políticas destinadas à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) ficarão sob comando da Secretaria Nacional de Proteção Global, comandada pelo gestor Sérgio Queiroz.

A Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que era vinculada à Secretaria Nacional de Cidadania, fica mantida, com a mesma estrutura, na Secretaria Nacional de Proteção Global, segundo a ministra. Ela também vai abranger o combate à tortura, temas ligados à anistia e ao combate ao trabalho escravo.

Vídeo

Em um vídeo que circula nas redes sociais, Damares fala que “menino veste azul e menina veste rosa”. Ela também garante que essa é uma “nova era” para o Brasil, sendo aplaudida, em seguida, por apoiadores. Damares tomou posse nessa quarta, com um discurso de 45 minutos exaltando a família e os princípios cristãos.

Damares reagiu à publicação e disse que o objetivo era, de fato, fazer uma declaração contra a “ideologia de gênero”, referindo-se à sexualidade precoce da criança. “Mas meninos e meninas podem vestir azul, rosa, colorido, enfim, da forma que se sentirem melhores.”

*Com informações da AE