Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na casa da mãe de Aécio Neves

Segunda fase da Operação Ross investiga endereços ligados ao senador em Minas Gerais

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a segunda fase da Operação Ross, onde cumpre mandados de busca e apreensão em três endereços ligados ao senador do PSDB Aécio Neves. O parlamentar é investigado em suposto esquema de propina recebida do grupo J&F entre 2007 e 2014. São alvos a mãe de Aécio e o primo Frederico Pacheco. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após solicitação da Polícia Federal.

A primeira fase da operação deflagrada no dia 11 de dezembro fez buscas em endereços ligados ao senador, à irmã dele, Andréa Neves, e ao deputado federal Paulinho da Força (SD-SP).

Ross é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões.

O Ministério Público Federal aponta que, em troca de recursos para sua campanha presidencial, Aécio teria prometido favorecimentos à empresa caso ganhasse as eleições presidenciais de 2014. Além disso, teria também oferecido influência junto ao governo de Minas Gerais (do qual foi governador de 2003 a 2010).

A PF batizou a operação numa referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.

Defesa

Na primeira fase da Operação Ross, a defesa do senador Aécio Neves afirmou em nota enviada à imprensa que a ação tem como base as delações de executivos da JBS “que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito”. Aécio negou irregularidades. O espaço está aberto para novas manifestações do parlamentar.