Depois de 13 horas e meia de sessão, a Justiça de Tramandaí, no litoral Norte, condenou a 146 anos e oito meses de prisão, cada, dois acusados de uma chacina com seis mortes, ocorrida na madrugada de 12 de abril de 2015, em Cidreira.
O corpo de jurados acompanhou a tese dos promotores Rafaela Moreira Huergo e Eugênio Paes Amorim e votou pela condenação da dupla, na noite de ontem. Carlos Roberto de Campos Freitas e Isaura Bragé eram acusados de seis homicídios duplamente qualificados e uma tentativa de homicídio duplamente qualificada.
De acordo com a denúncia do MP, Freitas e outros comparsas cometeram os crimes, a mando de Isaura, em uma pousada localizada na entrada de Cidreira. As vítimas, que tinham entre 15 e 27 anos, foram obrigadas a deitar de bruços e executadas à queima-roupa.
Conforme as investigações, os denunciados tinham posição de destaque na hierarquia de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas e originada no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Isaura, apontada como uma das fundadoras do grupo, era considerada a chefe do tráfico no litoral. Ainda conforme o MP, dívidas e disputas pelos pontos de venda de drogas motivaram as execuções.
A juíza Cristiane Stefanello Scherer presidiu a sessão. As defesas dos réus ainda podem recorrer.
