Bolsonaro define primeiras ações de governo em reunião com equipe completa

Assessoria do governo de transição não emitiu nenhum comunicado ou informação sobre as definições do encontro

Foto: Governo de Transição/Direitos reservados

Na primeira reunião com todos os 22 futuros ministros, nesta quarta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro debateu as primeiras ações da gestão, que assume a partir de janeiro de 2019. O encontro, que ocorreu na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília, começou por volta das 10h e terminou pouco depois das 17h30min.

Cerca de uma hora depois, Bolsonaro deixou o local sem falar com a imprensa e seguiu direto para a Base Aérea de Brasília, onde embarcou de volta para o Rio de Janeiro, onde reside. O presidente eleito só deve retornar à capital do país entre os dias 27 e 29 de dezembro, às vésperas da posse, na tarde de 1º de janeiro. A assessoria do governo de transição não emitiu nenhum comunicado ou informação sobre as definições do encontro.

Único a se pronunciar, o vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão, classificou a atividade como “imensamente proveitosa”, em uma postagem no Twitter, no fim da tarde.

Liminar de Marco Aurélio
A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a soltura de condenados em segunda instância, repercutiu na reunião, mas, após a realização do encontro, ninguém do novo governo se manifestou sobre o assunto.

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania de Bolsonaro, comentou a notícia em uma rede social, mas poucos minutos depois ele retirou do ar a postagem. Ele escreveu: “Respeito a decisão do ministro Marco Aurélio. Mas as consequências dela serão trágicas para a credibilidade da Justiça brasileira e para a luta contra a corrupção”, escreveu.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou a medida em uma postagem no Twitter. Segundo ele, a liminar concedida é um retrocesso e impacta na imagem externa do Brasil. “[O] Brasil elege um presidente limpo; ele nomeia [para o Ministério da Justiça] MJ o juiz símbolo do combate à corrupção e no exterior começa a se formar uma perspectiva de que o Brasil pode voltar a ser sério. Aí vem uma decisão judicial e põe em xeque toda essa construção”, escreveu Eduardo.