Transportadores de lotação pedem redução de tarifa na Câmara

Presidente da EPTC Marcelo Soletti louvou a iniciativa do debate

Foto: Vinicius Roratto / CP Memória

A Associação dos Transportadores de Lotações (ATL) pediu, hoje, a redução das tarifas cobradas dos usuários, hoje de R$ 6. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O presidente da entidade, Magnus Isse, salientou a perda de passageiros do modal de transporte, principalmente frente à concorrência “desleal” com aplicativos de transporte.

Isse busca a revisão da lei que vincula a passagem dos lotações à do transporte coletivo. “Os transportadores entendem que é possível reduzir para 1,2 vezes o índice aplicado sobre a tarifa dos coletivos”, apontou o dirigente. Lei de 2003 determina um índice entre 1,4 e 1,5 vezes o valor cobrado nos ônibus, que hoje é de R$ 4,30.

Para os operadores do sistema, isso vem provocando um distanciamento dos passageiros e perdas que já levaram à devolução de linhas ao Executivo. “Existem 50 processos, em um universo de pouco mais de 400 linhas, e algumas já foram devolvidas”, declarou. Ele também atribuiu o agravamento da situação ao ingresso do transporte por aplicativo no mercado. “É difícil concorrer com quem não obedece aos regramentos oficiais”, lamentou.

O presidente da EPTC Marcelo Soletti louvou a iniciativa do debate, “inverso ao que tradicionalmente ocorre nos demais modais (ônibus e táxis), que é para o aumento de tarifa”. Disse, no entanto, que antes é preciso que o corpo técnico do órgão faça uma análise técnica sobre os aspectos da sustentabilidade econômica e financeira da medida para que o sistema não sofra prejuízo futuro.

Como encaminhamento, ao fim da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Elizandro Sabino (PTB), informou que a minuta vai ser discutida com os vereadores, que deverão assiná-la conjuntamente para que, então, seja encaminhada ao Executivo. Também participaram do encontro os vereadores Paulinho Motorista (PSB), Dr. Goulart (PTB), João Carlos Nedel (PP) e Reginaldo Pujol (DEM) e o gerente executivo da ATL, Rogerio Lago.