Quadrilha transferia drogas entre fazendas para evitar fiscalização, diz Polícia

Grupo montou consórcio de traficantes e transportava entorpecentes para países vizinhos

Quadrilha transferia drogas entre fazendas para evitar fiscalização, diz Polícia | Foto: Policia Civil / Divulgação / CP

A operação Capote, que desarticulou uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, terminou com a prisão de três pessoas nesta terça-feira. Conforme o Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc), os entorpecentes eram transferidos entre fazendas em solo gaúcho antes de chegar ao destino final. A estratégia servia para driblar a fiscalização policial nas rodovias do Rio Grande do Sul.

O diretor de investigações do Denarc, delegado Mário Souza, explicou que a passagem do carregamento por dentro das propriedades rurais ocorria mediante pagamento para alguém que liberava a entrada. “Não sabemos ainda se eram os donos. Isso será verificado. Está comprovado: os traficantes mencionaram que passavam pelas fazendas. Existiam valores de frete. Para passar através de uma fazenda estava em média R$ 2 mil, não interessando o tamanho da carga”, observou, acrescentando que ocorreram casos de pagamento de até R$ 5 mil de pedágio.

Os delegados do Denarc relataram que a organização criminosa teria montado um consórcio com traficantes do Paraná. Ligado à facção Os Manos, o grupo é responsável por abastecer comerciantes menores em várias regiões do Estado. Mais de meia tonelada de maconha chegava ao território gaúcho oriunda do Paraguai. A movimentação financeira do esquema ficava em torno de R$ 1 milhão.