Justiça de Goiás rejeita habeas corpus ao médium João de Deus

Defesa pretende transformar preventiva em prisão domiciliar com uso de tornozeleira

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Justiça de Goiás negou hoje o habeas corpus para o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, preso desde o último domingo, alvo de denúncias de abuso sexual de mulheres que foram buscar tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola. O advogado do médium, Alberto Toron, disse que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para conseguir a liberdade do cliente.

A defesa de João de Deus pretende transformar a preventiva em prisão domiciliar com uso de tornozeleira. Segundo o advogado, é preciso levar em conta a idade avançada e o estado de saúde do médium. Ele está em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

A prisão preventiva se baseia em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. O médium se entregou à polícia de Goiás, na tarde de domingo, em uma estrada de chão, em Abadiânia, onde mantém obras sociais e o centro de atendimento. Desde a semana passada, a força-tarefa do Ministério Público de Goiás recebeu 506 relatos de crimes sexuais atribuídos ao médium.