Diplomado senador eleito, Flávio Bolsonaro fala que ex-assessor é que deve se explicar

Presidente eleito não compareceu à cerimônia, nessa manhã

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro disse hoje que as explicações sobre movimentações atípicas na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, devem ser prestadas pelo próprio e, não por ele, parlamentar.

Flávio Bolsonaro se manifestou após a cerimônia de diplomação como senador no Tribunal de Justiça. “Quem tem que dar explicação é meu ex-assessor e não eu. A movimentação atípica é na conta dele.

O parlamentar ainda defendeu: “Tudo funciona dentro do meu gabinete. Vocês estão criando uma história no imaginário das pessoas que não é verdade. Nós sempre trabalhamos super direitinho, super bem.”

O deputado estadual disse ainda que espera as explicações de Queiroz sobre as movimentações atípicas. “Eu queria que ele já tivesse falado, mas o que eu posso fazer? Ele está se preservando. Ele não está se escondendo de ninguém. Ele tem que dar explicações é para o Ministério Público. Se errou, vai pagar. Não passo a mão na cabeça de ninguém. Deixa eu trabalhar. Não tem nada de errado com meu gabinete.”

O nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, é citado no relatório que integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu dez deputados estaduais no início de dezembro.

No relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), segundo informações publicadas na imprensa, é identificada movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz.

A expectativa é que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro preste depoimento no Coaf amanhã. Não há confirmação oficial sobre a data.

Bolsonaro não vai à diplomação

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), desistiu de ir à cerimônia de diplomação do filho, nessa manhã. Em vez de ir ao evento, que começou no fim da manhã desta terça, Bolsonaro visitou o Hospital Central do Exército (HCE). A imprensa não teve acesso ao hospital, e segundo um dos assessores de Bolsonaro, tratou-se apenas de “uma visita de praxe a amigos”.