Rede-RS avalia possibilidade de fusão com PPS

Decisão final sobre o futuro do partido da candidata derrotada à presidência da República Marina Silva será tomada em janeiro

Encontro reuniu lideranças da Rede no RS. Foto: Divulgação

Em encontro realizado neste final de semana, a Executiva Estadual da Rede – partido da candidata à Presidência da República Marina Silva – avaliou a possibilidade de fusão com o PPS e movimentos como Agora, Livres e Acredito. A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores da Capital, no último sábado. No encontro também foi discutida a possibilidade de manutenção da sigla.

Nas eleições deste ano, a Rede conquistou cinco vagas no Senado Federal e apenas uma cadeira na Câmara dos Deputados. Dessa forma, a sigla não ultrapassou a cláusula de barreira e terá restrições quanto ao acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV. Já o PPS elegeu oito deputados federais e dois senadores.

Na disputa presidencial, a candidata da Rede ao Palácio do Planalto obteve 1% dos votos. Marina Silva terminou a disputa em oitavo lugar.

No mês de novembro, o senador eleito pela Rede de Sergipe, delegado Alessandro Vieira, migrou para o PPS, reduzindo, assim, a bancada eleita do partido de Marina Silva no Congresso Nacional. Ele obteve 474 mil votos e foi o mais votado no estado na corrida ao Senado.

Apesar da manifestação da Executiva Estadual da Rede, a decisão sobre o futuro do partido deve ser tomada em encontro da Executiva Nacional, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de janeiro. No RS, a Rede tem seis mil filiados e 18 vereadores.

Entenda a Cláusula de Barreira

As chamadas cláusulas de barreira foram revistas na chamada “mini-reforma política” de 2017 e se tornarão mais severas a cada pleito, até o ano de 2030, quando estagnarão. Para 2018, os partidos tiveram que atingir no mínimo 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em Brasília (não se aplica para os parlamentos locais e Senado), captados na casa de pelo menos 1% em 1/3 dos estados do Brasil. Outra forma de vencer a cláusula é ter eleito pelo menos 9 deputados em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.

Segundo o TSE, após as eleições deste ano, 14 das 35 siglas perderão o fundo partidário e o direito a propaganda de rádio e TV, até 2023, justamente por não terem preenchido essas condições.