Em função de um pequeno racha, o MDB estadual vai levar para o diretório da legenda a decisão de entrar ou não no governo de Eduardo Leite (PSDB). Hoje à tarde, a Executiva e a bancada se reuniram para discutir a posição da sigla na próxima legislatura. Como não houve consenso, a decisão fica a cargo dos 71 membros do diretório estadual. O encontro ocorre na segunda-feira, a partir das 10h.
Ao deixar a reunião, hoje, o presidente do MDB no Rio Grande do Sul, deputado federal Alceu Moreira, frisou que a análise do diretório dá maior legitimidade para a definição dos rumos do partido. “Nós tivemos uma reunião de mais de três horas e discutimos todos os pontos de vista. Não permitimos, em hipótese alguma, que se levantasse a tese de se discutir cargos”, salientou. Em um primeiro momento, Moreira refutou a possibilidade de formar coalizão, mas descartou, ao mesmo tempo, fazer “oposição raivosa” à gestão tucana.
Embora haja negociação para o MDB comandar a Secretaria dos Transportes, Alceu Moreira pontua que as discussões sobre cargos devem ser ampliadas posteriormente, caso haja embarque no governo.
Nos bastidores, os nomes dos deputados Juvir Costella e Vilmar Zanchin largaram na frente para assumir a Pasta. Caso haja confirmação, Carlos Búrigo, primeiro suplente da bancada na Assembleia, vai exercer mandato a partir de 2019.
Caso o MDB ingresse no governo, os reflexos serão testados 24 horas depois, uma vez que, na terça, o Parlamento vota a majoração da alíquota do ICMS por mais dois anos.
Moreira também negou que alas do partido ainda estejam descontentes com o resultado das urnas, em outubro, que culminaram com derrota do atual governador, José Ivo Sartori (MDB). “Em função das dificuldades do estado, não há espaço para fazer beiço”, completou.
