Próximo de ingressar no governo Leite, MDB não guarda “mágoa” das eleições, garante Benvegnú

Reunião da executiva do MDB com os deputados vai sacramentar decisão nesta sexta-feira

Foto: Ricardo Giusti

O secretário-chefe da Casa Civil, Cleber Benvegnú, esclareceu, nesta quinta-feira, que as desavenças entre o governador José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB) foram superadas após o resultado das eleições, que culminaram com a vitória do candidato tucano. Quase dois meses depois, o MDB está cada vez mais próximo de ingressar no governo Leite. Uma reunião nesta sexta, marcada para as 13h, deve selar o futuro da bancada para próxima legislação. Com o resultado das urnas, o partido manteve as oito cadeiras no Parlamento.

Conforme Cleber Benvegnú, o distanciamento entre os dois partidos está superado, ainda que caiba aos deputados decidirem sobre o embarque ou não no governo. “Mágoa nunca teve. O que teve foi uma rispidez de um debate de segundo turno. Mas o governador Sartori e Leite já conversaram, mais de uma vez, e a relação é respeitosa e amistosa”, afirmou, durante entrevista ao programa Esfera Pública.

Sobre o convite de Eduardo Leite para ter o MDB no governo, Benvegnú considera que a movimentação do futuro governador demonstra um reconhecimento do PSDB sobre as escolhas adotadas pela atual gestão. “Na verdade, eu vejo, de fundo uma grande convergência, na maioria dos pontos, entre o que pretende o governador Eduardo Leite e o que está fazendo o nosso governo”, disse.

A posição de Cleber Benvegnú corrobora com o entendimento, quase que unânime do partido, de que o MDB deve fazer parte da futura administração. A exceção declarada, por enquanto, é o deputado estadual eleito Sebastião Melo, que defende que a sigla atue de forma independente.

Cotado para assumir uma secretaria, caso ocorra adesão do MDB ao governo Leite, o deputado Vilmar Zanchin, defende ingresso na administração tucana ao frisar que as duas legendas agem no mesmo campo político. “É difícil fazer oposição ao que se defendeu até ontem. Precisamos ter coerência”, afirmou Zanchin. “Eu defendo que a gente fique no governo. Nunca tive posição diferente dessa. Qual é o motivo para não ingressar? Se ficarmos fora, vamos fazer que tipo de oposição?”, completou o deputado Gilberto Capoani.

*Com informações de Flavia Bemfica, do Correio do Povo