Polícia do Rio investiga ameaça de morte contra deputado Freixo

Denúncia anônima apontou que parlamentar corria risco de ser morto por três homens, no fim de semana, em um compromisso político

Foto: Reprodução / Facebook / CP

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um plano para matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), eleito em outubro deputado federal. A informação sobre a possibilidade de assassinato do parlamentar, cuja trajetória política é marcada pelo combate às milícias, chegou às autoridades via Disque Denúncia.

O coordenador do serviço, Zeca Borges, disse, com base nos dados coletados, que Freixo corria risco de ser morto por três homens, no fim de semana, em um compromisso político, na zona oeste do Rio. Além da Polícia Civil, o setor de inteligência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) trabalha nas investigações.

Apuração
No Twitter, Freixo cobrou esclarecimentos sobre a atuação das milícias no estado, lembrando que o tema pautou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida por ele, dez anos atrás.

“No mês em que a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito”, escreveu. De acordo com ele, autoridades do Município, Estado e União receberam o documento, mas milicianos seguem “matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais pobres.”

Histórico
Freixo foi eleito deputado federal e a partir de fevereiro vai trabalhar na Câmara dos Deputados, em Brasília. No Rio, o parlamentar mantém escolta policial 24 horas por dia, desde que presidiu a CPI das Milícias. A vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), assassinada há nove meses, foi auxiliar de Freixo na Comissão.

PSol
Em nota divulgada no início da noite, a bancada federal do PSol repudiou “o hediondo plano de execução” de Freixo e também cobrou providências para a elucidação do caso Marielle, que completa 9 meses amanhã.

Os parlamentares citaram a “ineficiência” da Polícia Civil do Rio em dar respostas ao crime da vereadora correligionária de Freixo. A nota é assinada pelo líder do PSol na Câmara, deputado Chico Alencar.