Justiça de Abadiânia vai decidir sobre pedido de prisão de João de Deus

MP de Goiás apresentou o pedido de prisão preventiva do médium

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Acusado de abuso sexual, o médium João de Deus corre o risco de ser preso. Após a tentativa de continuar atendendo, nesta quarta-feira, o Ministério Público de Goiás apresentou, no fim da tarde, segundo apurou a Agência Brasil, um pedido de prisão preventiva. Dois promotores responsáveis pela força-tarefa que investiga mais de 200 denúncias contra o médium estiveram no Fórum de Abadiânia. O pedido deve ser analisado pela comarca local.

O advogado de João de Deus, Alberto Toron, disse que desconhece o teor do pedido, e disse que vai à cidade goiana amanhã para ter acesso ao material e se contrapor a ele.

Toron disse ainda ter reafirmado oficialmente às autoridades que o cliente segue à disposição da Justiça para prestar depoimento.

João de Deus é suspeito de abuso sexual contra mulheres e também adolescentes. Ele desmente as acusações e garante ser inocente. O balanço mais recente do MP-GO é de 206 possíveis vítimas – oito delas no Rio Grande do Sul.

O médium goiano também disse nesta quarta-feira que está à disposição da Justiça brasileira. Ele esteve hoje por dez minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde presta, há 42 anos, consultas e aconselhamentos espirituais, além das chamadas cirurgias espirituais. Ele chegou e saiu sob aplausos, afirmando estar sem condições de trabalhar. Circularam informações de que o religioso chegou a voar para São Paulo a fim de se aconselhar com Toron.

“Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo”, declarou o médium.