Após revelação de jantar com Marchezan, MDB convoca reunião

Vereador defende que, sem organizar 2019, partido vai fracassar em 2020, e lembra mais nomes para prefeitura

André Carús agradeceu seu advogado e reafirmou inocência
André Carús agradeceu seu advogado e reafirmou inocência | Foto: Guilherme Testa / CP Memória

Após ganhar publicidade, o jantar da noite de terça-feira na residência do vereador Idenir Cecchim (MDB) com a presença do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), dos vereadores do MDB e do vice-presidente do MDB de Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia, com o objetivo de fechar o ingresso do partido na administração tucana, o diretório municipal convocou uma reunião. O encontro da executiva metropolitana e dos cinco vereadores da Capital ocorre na próxima segunda-feira, dia 17. Na ordem do dia, os rumos do partido para o próximo ano.

Na tarde desta quarta, o vereador André Carús (MDB) se manifestou. Ele admitiu que o MDB vai oficializar nos próximos dias uma posição sobre a adesão em Porto Alegre. “Se a maioria decidir entrar no governo, a minoria não vai deixar de se expressar também. Em feito o convite, quem deve decidir é a executiva, os vereadores e, se a divergência chegar a um determinado nível de profundidade, ele deve ser submetido ao diretório. Hoje a tendência é pela entrada, não sou hipócrita de dizer que não. Só que não dá para ‘colocar a carroça na frente dos bois”, disse. Carús negou que, no jantar de terça, tenham ocorrido definições sobre a ocupação de cargos.

O parlamentar considerou, ainda, que é um equívoco debater a eleição majoritária de 2020 neste momento. E defendeu a unidade partidária. “O MDB precisa acordar para uma realidade: não existem hoje nem 10 pré-candidatos a vereador. Temos dificuldade em formar uma nominata competitiva e isso se deve a uma série de fatores. Desejos pessoais de concorrer à prefeitura qualquer liderança tem, e eu também tenho, mas eles não devem se sobrepor às questões políticas e de organização. Se não tivermos um 2019 bem feito, nosso 2020 vai ser um desastre quer tenhamos candidato ou sejamos vice de alguém.”

Carús completou que, além dos quatro emedebistas já cotados – o deputado estadual eleito Sebastião Melo, o presidente da Câmara, Valter Nagelstein, a vereadora Nádia Gerhard e o secretário estadual da Segurança Pública, Cezar Schirmer -, se a questão é avançar debates sobre nomes, os demais vereadores (ele, Cecchim e Pablo Mendes Ribeiro), o ex-prefeito José Fogaça e o deputado estadual Tiago Simon também detêm legitimidade para pleitear a pré-candidatura ao Paço Municipal.