AGU recorre ao STF e pede reconsideração de decisão de Fux sobre frete

União sustenta que criação da tabela assegurou a normalidade nas rodovias do país e atendeu às reivindicações dos caminhoneiros após a greve da categoria

Foto: Alina Souza/CP

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu a reconsideração da decisão do ministro Luiz Fux que suspendeu a cobrança de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a transportadoras por descumprimento das regras de tabelamento do frete rodoviário em todo o país.

No pedido de reconsideração, a AGU argumentou que a criação da tabela assegurou a normalidade nas rodovias do país e atendeu às reivindicações dos caminhoneiros após a greve da categoria. Para a advocacia, a manutenção da norma é recomendável até que seja feita uma reavaliação pelo novo governo, que toma posse no dia 1º de janeiro.

A tabela de preços mínimos de frete é fruto da Medida Provisória 832/2018, convertida na Lei 13.703/2018, e pela Resolução 5.820/2018, da ANTT, que regulamentou a MP.

A decisão de Fux, assinada no dia 6 de dezembro, vale até que as ações contra a constitucionalidade da tabela sejam julgadas pelo plenário da Corte. O pedido liminar de suspensão partiu da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

No pedido liminar, a CNA afirmou que o tabelamento causou perdas ao setor produtivo, como o aumento de 145% no valor do transporte de granéis agrícolas e a redução nas exportações.

De outro lado, os caminhoneiros dizem que há uma distorção no mercado e que, sem a tabela, não conseguem cobrir os custos do serviço e ainda extrair renda suficiente para o próprio sustento.

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