“Ninguém pôde fazer nada; foram mais de 20 tiros”, conta padre

Euler Grandolpho abriu fogo na catedral de Campinas e matou 4 pessoas

Foto: Eliane Gonçalves/Rádio Nacional

O padre Amaury Thomazzi, surpreendido hoje, ao celebrar a missa, pelo atirador Euler Grandolpho, que entrou na Catedral de Campinas, usou uma rede social para gravar um vídeo e divulgar o que aconteceu. “Para os amigos que estão pedindo algumas informações, estou mandando esta mensagem apenas para dizer que está tudo bem aqui na catedral. Eu rezei a missa do meio dia e quinze, e, no final da missa, uma pessoa entrou atirando e fez algumas vítimas. Ninguém pode fazer nada, ajudar de forma nenhuma”, relatou, com a voz embargada.

O religioso pediu orações em favor de todos, a começar pelo atirador, que cometeu suicídio após matar quatro fiéis e ferir outros quatro. “Peço apenas que rezem pela pessoa. Ele se matou depois da situação, ele atirou nas pessoas foram mais de 20 tiros aqui dentro, e depois ele se matou. Então, rezemos por ele, e por aqueles que foram feridos. Tem pessoas que são vítimas fatais. Peçamos a Nossa Senhora Imaculada que interceda por esta catedral, por estas pessoas, por estas famílias”, enumera o padre.

Thomazzi afirmou ainda não saber como fica a programação da igreja nos próximos dias – o lugar está interditado para a perícia.

O delegado José Henrique Ventura, que acompanha as investigações, informou que Euler Fernando Grandolpho não tinha antecedentes. “A profissão, ao que parece, é analista de sistemas. É uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais. Agora, com a identificação, nós vamos investigar a motivação”, apontou.

A Polícia encontrou a carteira de habilitação dele em uma mochila dentro da igreja. Ventura informou que uma diligência à casa de Grandolpho, em Valinhos (SP), vai ser feita para buscar informações que possam levar ao esclarecimento do crime. “Vamos fazer um levantamento da casa, de quem mora, se é casado. Os dados para saber os antecedentes antes dele chegar a Campinas”, explicou.

Investigações preliminares apontaram que Grandolpho não conhecia as vítimas.