Protesto dos coletes amarelos leva milhares às ruas de Paris, na França

Na última quinta-feira, o governo francês recuou e cancelou o aumento do imposto dos combustíveis, previsto para vigorar a partir de janeiro

Foto: Reprodução Portal R7 / Divulgação

Pelo terceiro final de semana consecutivo, um novo protesto encabeçado pelos coletes amarelos levou milhares de manifestantes às ruas de Paris, na França, neste sábado. Eles protestam contra o aumento do custo de vida no país e pedem aumento do salário mínimo, entre outras pautas. Parte do comércio e alguns pontos turísticos, como a Torre Eiffel, estão fechados.

Até as 13h40 no horário local (10h40 em Brasília), a polícia francesa havia detido 700 pessoas. Os detidos entraram em confronto com a polícia ou portavam objetos proibidos durante os protestos, como máscaras de gás e capacetes, que supostamente podem ser usados contra as ações da polícia.

Os manifestantes se reúnem principalmente na Praça da Bastilha, em Paris, embora os protestos estejam espalhados pelo país. As informações são do jornal francês La Libération.

Inicialmente, os protestos pediam o cancelamento do aumento do imposto dos combustíveis, mas ganharam força com pautas trabalhistas, como o aumento do salário mínimo e melhoria nas condições de trabalho.

O Ministério do Interior do país avalia que as manifestações deste sábado devem ser parecidas com as do sábado passado, com nível de violência no mínimo igual ao da semana passada.

De acordo com o jornal Le Monde, os serviços de inteligência franceses detectaram a crescente mobilização de grupos de extrema direita, sendo que as redes sociais estão cheias de chamados para a violência física. Neste sábado, 89 mil policiais estão mobilizados na França para conter as manifestações — só em Paris, são 8.000.

Na última quinta-feira (6), o governo da França desistiu definitivamente do aumento dos impostos sobre combustíveis previsto para 2019. As novas taxas foram retiradas da previsão orçamentária para o ano que vem. As tarifas provocaram revolta entre os franceses, levou ao surgimento do movimento dos “coletes amarelos” e afetou diretamente a figura do presidente Emmanuel Macron.