Passa de 500 páginas inquérito sobre assassinato da menina Eduarda

Criança teve o corpo encontrado às margens do rio Gravataí, na ERS 118, em 22 de outubro

Foto: Alina Souza/CP

O inquérito que investiga o assassinato da menina Eduarda Herrera de Mello, que completa cerca de um mês e meio, já reúne mais de 500 páginas, revelou hoje a Polícia Civil. O trabalho investigativo soma 64 diligências, 53 oitivas, 50 laudos periciais, checagem de 50 denúncias anônimas e análise de imagens de 14 câmeras de monitoramento. Todo o material é mantido sob segredo judicial.

A titular da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente Vítima (DPCAV) do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), delegada Andrea Magno, confirmou que essa é uma investigação difícil, já que a Polícia só dispõe de imagens noturnas e testemunhos de crianças até o momento. Ela deixou claro, no entanto, que os policiais seguem investigando tudo o que é possível. “O inquérito de 500 páginas realmente demonstra isso. Nossa intenção é com certeza chegar na autoria desse crime. Todas as linhas de investigação estão sendo verificadas, mas algumas já foram afastadas. Estamos agora trabalhando com algumas hipóteses”, explicou.

Perícia do local do crime

Segundo a delegada, a participação do Instituto-Geral de Perícias vem se mostrando fundamental, desde o cuidado em se preservar a cena do crime. Um homem de carro sequestrou Eduarda ao passar em frente à casa dela, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, na noite de 21 de outubro, um domingo. O roller usado pela criança no momento do rapto segue desaparecido. A menina morreu supostamente afogada e teve o corpo localizado um dia depois, à beira do rio Gravataí, em um barranco ao lado da ERS 118. Nos dias seguintes ao assassinato, o surgimento de notícias falsas, a perseguição de pessoas que não tinham relação com o caso e protestos de moradores da região complicaram o trabalho policial.