Farsul salienta crescimento agrícola gaúcho e defende menos burocracia para alavancar setor

Em balanço divulgado, presidente da entidade, Gedeão Pereira também defendeu ampliação nas negociações com a China

Presidente da Farsul, Gedeão Pereira. Foto: Lucas Rivas

O faturamento agropecuário gaúcho deve bater R$ 32 bilhões em 2018, conforme balanço divulgado, nesta quinta-feira, pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Para o próximo ciclo agrícola, o incremento deve girar em torno de meio bilhão. Além de analisar o panorama econômico do agro gaúcho, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, também comentou o impacto das relações internacionais para o setor, assim como os reflexos do cenário político.

No campo político gaúcho, Gedeão Pereira disse que, independente do nome do futuro secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, a Federação vai buscar, junto ao Palácio Piratini, uma maior desburocratização do setor, que passa estritamente pela pasta do Meio Ambiente.

“Historicamente, na Secretaria da Agricultura, vai cair um secretário que tem link com o setor e que vai dialogar com esta casa. Para nós o ‘calcanhar de ‘Aquiles’, hoje, são as questões ambientais. Nós temos colocado a ele (Eduardo Leite) a necessidade de termos alguém na Secretaria de Meio Ambiente para simplificação de regras. Regras que estão evitando grandes investimentos no setor”, considerou Pereira. A demora na emissão de licenciamentos ambientais é o principal entrave citado pela Federação.

Em função dos avanços do setor, a atual secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, teve o nome destacado pelas lideranças do agro presentes no encontro. Com isso, a expectativa para o campo gaúcho é que haja um crescimento de 3,4% na área plantada de grãos, assim como incremento de 3,4% em produção.

Gedeão Pereira também enfatizou a defesa da comercialização bilateral entre Brasil e China. Segundo ele, o gigante asiático já manifestou interesse em ampliar as negociações com o setor lácteo e de fruticultura do país. “O Brasil é extremamente importante como futuro provedor de alimentos para China nos próximos 20 anos”, frisou, ao mencionar a visão dos empresários chineses em relação ao Brasil.